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O PODER FEMININO…
JÁ SE VÃO QUASE 100 ANOS.

EMILIANA VIANNA EMERY

Que seja um exemplo a todos,
como vem sendo em minha família.

Emiliana Vianna Emery (1874-1957) Sufragista e primeira eleitora capixaba.
Primeira mulher a obter o direito de voto no Espírito Santo. Nasceu em 19 de abril de 1874 no interior do Espírito Santo. Filha de Marinha de Azevedo Vianna e de Silvestre Manoel Vianna.
Casou-se aos 13 anos e, ainda na casa dos 20 anos, ficou viúva, sem recursos, com sete filhos pequenos para criar. Como todas as moças de sua época, não tinha sido preparada para ganhar a vida; porém, diante das circunstâncias lançou-se à luta. Na região onde morava, estava sendo construída uma ferrovia. Emiliana anteviu a possibilidade de abrir um negócio, fornecendo alimento para os operários da obra. Construiu um forno e tornou-se padeira.
Também comprou uma vaca, e seus filhos andavam quilômetros, todo dia, vendendo café, leite e pão aos trabalhadores. Terminada a obra, passou a vender seus pães e café com leite na plataforma da estação, aos passageiros da ferrovia. A família era grande, e tornou-se necessário aumentar a renda. Como na localidade havia costureiras, mas ninguém que costurasse para os homens, tornou-se alfaiate. No começo, houve alguns comentários, mas Emiliana levou seu negócio adiante.

A chegada da estrada de ferro dava esperança de crescimento. Emiliana foi uma das fundadoras do município de Veado, no Espírito Santo, depois denominado Guaçuí (rio Veado, na língua indígena). Irrequieta e lutadora, Emiliana participou de todos os movimentos da pequena vila e até da construção da igreja. Pronto o templo, era preciso vir um pároco para a localidade, mas o bispo de Mariana (MG), ao qual estava subordinada a região, exigiu um abaixo-assinado com determinado número de peticionários masculinos para autorizar o funcionamento da paróquia. Como não havia homens suficientes para assinar a petição, Emiliana colheu no grupo escolar as assinaturas de todos os meninos. O escrivão do cartório
recusou-se a princípio a reconhecer as assinaturas, mas Emiliana conseguiu convencê-lo de que não havia assinatura de mulher e que o bispo não determinara a idade dos peticionários.
Assim, o bispo promoveu a sagração da igreja.

Toda essa vitalidade de Emiliana para vencer as dificuldades da luta pela sobrevivência ensinou-a que a situação de inferioridade das mulheres na sociedade precisava mudar. Para isso, era necessário ser cidadã e votar para derrubar o poder das oligarquias locais e renovar a representação política. O eco das lutas feministas pelo sufrágio chegava até seu lugarejo, e Emiliana requereu o direito de voto, já que tinha todos os requisitos legais. Bertha Lutz* mandou a Emiliana um
telegrama de congratulações pela iniciativa, datado de 19 de fevereiro de 1929, e a convidou a ingressar na Federação Brasileira pelo Progresso Feminino*, organização que encaminhava essa luta no país havia 10 anos.

No dia 15 de julho de 1929, numa sentença histórica, o juiz de direito da comarca de Alegre, Aloísio Aderito de Meneses, deu despacho favorável a seu pedido, mandando que a requerente fosse admitida como eleitora no município de Veado.
No final da década de 1920, Emiliana era uma próspera empresária: tinha uma fábrica de doces e um hotel, no qual aquartelou os revolucionários de 1930 comandados pelos tenentes Joaquim Magalhães Barata e Serôa da Mota. Embora apoiando a Revolução de 30, com a decretação do Estado Novo, em 1937, rompeu com o getulismo e dizia raivosa: “Fecho o hotel, mas aqui nenhum retrato de ditador será pendurado.”

Participou ativamente da campanha “Dê asas ao Brasil”, arrecadando fundos para comprar um avião e construir o aeroporto e o aeroclube de Guaçuí. Aderiu ao partido antigetulista União Democrática Nacional (UDN), apoiando a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes à presidência da República e, no final da vida, chegou à presidente de honra da UDN no estado. Faleceu dia 21 de dezembro de 1957. Em 1992, foi homenageada pela Academia Feminina
Espirito-Santense de Letras com o título de membro da com o título de membro da Galeria de Notáveis.

Dos tropeços que criaram a ela.
“requereu o direito de voto, já que tinha todos os requisitos legais.” Esta foi fácil.
“No começo, houve alguns comentários…..” resolveu fácil, o cós os próprios homens mediam.
“colheu no grupo escolar as assinaturas de todos os meninos” inquestionáveis homens.
“Dê asas ao Brasil”, arrecadando fundos para comprar um avião e construir o aeroporto e o aeroclube de Guaçuí. Feito, com avião próprio e instrutores.

Notáveis. Fonte: O Cruzeiro, 10.6.1950; Entrevista com sua neta, Leda Emery de Carvalho
Batista, concedida a Schuma Schumaher em 19.5.1999.

https://www.tre-es.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Setembro/tre-es-institui-a-medalha-do-merito-educacao-eleitoral-emiliana-emery

https://www.al.es.gov.br/Noticia/2023/04/44551/proposta-comenda-para-mulheres-na-politica.html

https://www.instagram.com/p/B0EosGzjHHX/?img_index=1

https://www.agazeta.com.br/es/politica/emiliana-emery-primeira-mulher-capixaba-a-conquistar-o-direito-ao-voto-0320

https://mulheresdasgerais.com.br/documents/publicacoes/ca4acd6ce03384de5d0eec19586ba3ea.pdf

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